sexta-feira, 7 de novembro de 2008

A Primeira Vez ao Montejunto

A orografia da Serra de Montejunto marca toda a região Oeste, em todos os domínios, vistas, clima, flora, fauna, altitude, sendo um desafio para quem anda de bicicleta. Quando comecei a fazer cicloturismo, os companheiros falavam sempre que era um grande desafio subir o Montejunto até às antenas. Uns diziam: eu já lá fui, eu também e por aí a fora, alguns já por lá se tinham aventurado, salientando sempre que era uma subida difícil, muito mais por Pragança do que por Vila Verde de Francos. Andei dois ou três anos a andar à sua volta mas sem ter ganho coragem para me aventurar, os 15% de inclinação em algumas fases e uma inclinação média de 9% não eram convidativas. Mas como era inevitável, depois de esconjurado o receio, o tal dia chegou. Eu o Cazé, que já lá tinha ido, o Norberto, o Pinto e mais três ou quatro companheiros de que não me ocorre o nome, partiram para a temida subida. Saímos de Caldas, Óbidos, Bombarral, Sanguinhal, Pêro Moniz, Martim Joanes, Chão de Sapo, arrabaldes de Pragança (cerca de 38 km), Pragança,onde se começa logo a subir, em ritmo “docement”. A abordagem é temerosa, uns começaram mais fortes que outros, eu pus o meu passo sem me preocupar com os outros e lá fui subindo no 42x23, que era o máximo que possuía, umas vezes melhor outras pior. A meio apanhamos o Norberto a dizer que desistia, não aguentava mais, esgotou-se com um ritmo demasiado forte. Eu e os outros lá íamos, tendo eu chegado a uma altura que disse para o Cazé que voltava para trás. Ele é que dizendo que estávamos quase a chegar o que me animou e das fraquezas fiz forças. Próximo do Quartel há uns planos e eu nessa altura pensando que era o fim, armado em esperto, dei uma sapatada, mal eu sabia que ainda faltavam cerca de 2 km, que foram feitos já em grande esforço. Depois a descida foi sempre a esgalhar, como sempre fui pesado, descidas é comigo. Foi uma grande vitória, passámos a ter no nosso currículo “aquela” subida!! Depois voltei lá mais uma ou outra vez, coisa que hoje nem sequer me passa pela cabeça.
É um local excelente para se visitar, para ver isto e tudo o resto, mesmo que se deixe a bicicleta em casa como é o meu caso.

Foto tirada daqui

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